Artefatos Arqueoligico

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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Patrimônio cultural kanindé: Coisas e novidades entre os kanindé do ceará.

          Canindé / kanindé...


Canindé (...) era o principal dos chamados janduís, que havia governado no tempo dos holandeses pelo rei “janduí” e havia realmente resistido contra a colonização dos portugueses por longos anos. Em 1692, porém, Canindé acabaria por se render e firmar um acordo de paz com o rei de Portugal, indo depois morrer com os seus em um aldeamento jesuíta, guaraíras, futura vila de arez. Esse janduí era chamado, por vezes de Canindé. 

A nossa origem histórica                             
Lugar de muita sequidão
Ultrapassando limites
Andando pelo sertão.

Ele era um guerreiro
Forte e lutador
Ajudava a aldeia
Era sempre um sonhador.

Quando ele morreu
A tribo ficou desanimada
Mais isso não era motivo
Para ficar tão calado.

Foi ai que perceberam
Outro guerreiro lutador
Por nome de Canindé
Que se tornou um vencedor.

Vinheram de lá pra cá
Passando por Quixadá
E pela gameleira
Conhecida por Pindá.

Vinhemos por Mombaça
Lugar de muita sequidão
Ultrapassando limites
Andando pelo sertão.

Chegando aos Fernandes
Encontramos o que buscava
Um local de terra fértil
Para plantar milho e feijão.
        “Eu sabia que o museu era coisa velha que a gente achava, e arrumava num canto pra contar a história da gente, dos antepassados. Eu pensei que era uma história nossa que era a mesma história dos meus avôs e bisavós e meus pais contava, era as “coisas dos índios”. Tinha índio pela aquela redondeza porque ele tinha história do povo deles, os e depois morriam e deixava aquilo que a gente acaba achando, uns cacos de telhas bem grande e bem grosso”. (Cacique Sotero).
        
“Eu mim lembro que meu avô tinha medo de falar na história indígena porque dizia que o branco matava o índio. Minha mãe e meu pai passaram isto pra mim. Quando eu saia pros encontros lá fora eles mim dizia: Sotero tu tem cuidado com isso ai porque o povo matava os índios e vocês tão se declarando os índios, mais fiquem calados”. Mais ser uma coisa e ficar calado né... Ai eu fui e pensei: o museu são histórias, ai fui arrumando as primeiras pecinhas. Pra mim o museu são histórias. É uma coisa feia, mais é uma coisa da cultura da gente. Eu comecei com estas peças, que era o que a gente trabalhava: o machado, a foice, ai fui vendo que a caça é uma cultura. O que a gente faz de artesanato também (cacique Sotero).

Objetos, memória e identidade.
“As coisas dos kanindé”
A Pedra Preta
“Ela dizia que aquela pedra era coisas antigas que os índios faziam, eram os antigos, era uma pedra que a gente escreve assim e risca na parede e sai uma tinta preta, por isso que eu dizia que são coisa dos índios, como se fosse um lápis hoje que a gente escreve e ela tem um sistema de uma tintazinha ... , o objetivo é que era uma novidade que eu ia mostrar para os amigos, né, que tinha aquilo de primeiro e a gente era aquilo”. ( Cacique Sotero)

                                                                COISAS DOS ÍNDIOS

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