Canindé
/ kanindé...
Canindé
(...) era o principal dos chamados janduís, que havia governado no tempo dos
holandeses pelo rei “janduí” e havia realmente resistido contra a colonização
dos portugueses por longos anos. Em 1692, porém, Canindé acabaria por se render
e firmar um acordo de paz com o rei de Portugal, indo depois morrer com os seus
em um aldeamento jesuíta, guaraíras, futura vila de arez. Esse janduí era
chamado, por vezes de Canindé.
A nossa origem histórica
Lugar
de muita sequidão
Ultrapassando
limites
Andando
pelo sertão.
Ele
era um guerreiro
Forte
e lutador
Ajudava
a aldeia
Era
sempre um sonhador.
Quando
ele morreu
A
tribo ficou desanimada
Mais
isso não era motivo
Para
ficar tão calado.
Foi
ai que perceberam
Outro
guerreiro lutador
Por
nome de Canindé
Que
se tornou um vencedor.
Vinheram
de lá pra cá
Passando
por Quixadá
E
pela gameleira
Conhecida
por Pindá.
Vinhemos
por Mombaça
Lugar
de muita sequidão
Ultrapassando
limites
Andando
pelo sertão.
Chegando
aos Fernandes
Encontramos
o que buscava
Um
local de terra fértil
Para
plantar milho e feijão.
“Eu
sabia que o museu era coisa velha que a gente achava, e arrumava num canto pra
contar a história da gente, dos antepassados. Eu pensei que era uma história
nossa que era a mesma história dos meus avôs e bisavós e meus pais contava, era
as “coisas dos índios”. Tinha índio pela aquela redondeza porque ele tinha
história do povo deles, os e depois morriam e deixava aquilo que a gente acaba
achando, uns cacos de telhas bem grande e bem grosso”. (Cacique Sotero).
“Eu
mim lembro que meu avô tinha medo de falar na história indígena porque dizia
que o branco matava o índio. Minha mãe e meu pai passaram isto pra mim. Quando
eu saia pros encontros lá fora eles mim dizia: Sotero tu tem cuidado com isso
ai porque o povo matava os índios e vocês tão se declarando os índios, mais
fiquem calados”. Mais ser uma coisa e ficar calado né... Ai eu fui e pensei: o
museu são histórias, ai fui arrumando as primeiras pecinhas. Pra mim o museu
são histórias. É uma coisa feia, mais é uma coisa da cultura da gente. Eu
comecei com estas peças, que era o que a gente trabalhava: o machado, a foice,
ai fui vendo que a caça é uma cultura. O que a gente faz de artesanato também
(cacique Sotero).
Objetos,
memória e identidade.
“As
coisas dos kanindé”
A
Pedra Preta
“Ela
dizia que aquela pedra era coisas antigas que os índios faziam, eram os
antigos, era uma pedra que a gente escreve assim e risca na parede e sai uma
tinta preta, por isso que eu dizia que são coisa dos índios, como se fosse um
lápis hoje que a gente escreve e ela tem um sistema de uma tintazinha ... , o
objetivo é que era uma novidade que eu ia mostrar para os amigos, né, que tinha
aquilo de primeiro e a gente era aquilo”. ( Cacique Sotero)
COISAS
DOS ÍNDIOS
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